Os ambientes virtuais de aprendizagem possibilitaram novas oportunidades nos processos de ensino e aprendizagem, quer como complemento no ensino presencial, quer nos cursos de ensino a distância.
Ora,
o desenvolvimento de um AVA deve ter em consideração vários fatores para que o
utilizador final se sinta confortável em navegar, entre eles as características
do público-alvo (com as suas expectativas e motivações, mas também conhecendo as
suas limitações), tornando-se uma excelente ferramenta pedagógica, envolvendo
os aprendentes e otimizando o tempo de aprendizagem.
Os
métodos para a criação destes ambientes são diferentes, uma vez que um AVA pensado
para educação online não tem as mesmas características de um ambiente utilizado
em sessões presenciais, pois as melhores experiências são aquelas que permitem
dinâmicas de interatividade, partilha, colaboração e cooperação, fatores que
não têm a mesma dimensão nos dois tipos de ensino.
A
development research aparece com o intuito de colmatar a insatisfação dos investigadores
com as abordagens tradicionais de pesquisa, visando dar contributos diretos
para a melhoria de processos educativos, sempre com o recurso à inter-relação
entre a teoria e a prática, medindo o impacto desses contributos. Desde a
construção de um objeto, recolhe-se a informação de forma participativa que
fundamente as escolhas durante o processo, criando, ainda, condições para um
feed-back permanente, que permita melhorar o produto e o processo educativo.
Os
estudantes, muitas vezes, não estão aptos para esta mudança de paradigma e, segundo
Allen (5), “o verdadeiro critério para se aferir se um AVA pode ser bom (ou
não) é criar um sistema que permita a constante experimentação e avaliação no processo
de desenho e desenvolvimento”.
De acordo com Van Den Akker, devem ser integradas ao mesmo nível as quatro fases no processo:
Preliminary investigation (revisão da leitura, consulta a especialistas e
análise de estudos anteriores); Theoretical embedding (articulação entre o “estado
da arte” sobre a educação online, os AVA em geral e sobre a construção do nosso
AVA em particular); Empirical testing (desenvolvimento do AVA, acompanhado de
atividades de avaliação) e Documentation, analysis and reflection on process
and outcomes (avaliação de todas as fases do desenvolvimento do design, da
avaliação e da implementação).
Esta é uma abordagem muito utilizada, pois valoriza o esforço do designer e porque considera a complexidade do contexto no processo, o que se traduz num projeto final eficaz.
Só assim, poderemos falar num num projeto beme struturado, onde foram tidas em conta as motivações e limitações dos utilizadores, tornando-se uma ferramenta passível de ser moldada consoante o decorrer do tempo e as alterações pedagógicas que vão surgindo.
Só assim, poderemos falar num num projeto beme struturado, onde foram tidas em conta as motivações e limitações dos utilizadores, tornando-se uma ferramenta passível de ser moldada consoante o decorrer do tempo e as alterações pedagógicas que vão surgindo.
Fonte: Monteiro, A; Moreira, A.J.;Almeida, A.C. (2012) Educação Online: pedagogia e aprendizagem em plataformas digitais. Defacto: Santo Tirso - Portugal, Capítulo III.